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Entenda o que são os cálculos biliares (pedra na vesícula) e como tratá-los

A vesícula biliar é um órgão localizado abaixo do fígado, que armazena a bile, produzida pelo fígado, liberando-a no intestino delgado para auxiliar na digestão dos alimentos, principalmente os gordurosos. A bile consiste na mistura de várias substâncias, sendo que um desequilíbrio nestes elementos que à compõem, como o colesterol, a bilirrubina e os sais biliares, podem levar à formação de cálculos. Por exemplo, níveis elevados de colesterol na bile podem contribuir para a formação de cálculos de colesterol, que são os tipos mais comuns de pedras na vesícula.

Esses cálculos biliares podem obstruir a passagem da bile e causar sintomas como: dor abdominal intensa (cólica biliar), especialmente após comer alimentos gordurosos. Também pode causar náuseas; vômitos; indigestão; gases; dores de cabeça; gosto amargo, febre e dores nas costas. Pode ainda ocorrer a presença dos cálculos na vesícula biliar sem a manifestação de sintomas.

Os fatores de risco que mais aumentam a formação de pedras na vesícula, são: colesterol alto; obesidade; elevação do nível de estrogênio (no caso das mulheres); perda rápida de peso (como nos casos de cirurgia bariátrica); e predisposição genética.

O Dr. Cassio Barros, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Dom Alvarenga, explica que o tratamento para pedras na vesícula pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas. “Caso os cálculos não estejam causando sintomas, podem ser acompanhados, sempre mantendo atento para eventuais sinais de complicações. No entanto, se os sintomas estiverem presentes, é recomendada a realização de uma cirurgia chamada colecistectomia, realizada geralmente por videolaparoscopia, que consiste na remoção da vesícula biliar e dos cálculos do seu interior. É um erro comum considerar cálculos pequenos como menos graves, uma vez que são estes que podem sair da vesícula biliar e obstruir o pâncreas, causando a pancreatite aguda, ou seja, a inflamação do pâncreas. Esta é uma condição grave que pode causar dor abdominal intensa, náuseas, vômitos, febre e até mesmo complicações graves, como necrose pancreática e infecções sistêmicas. ”

Após a remoção da vesícula, a bile passa a ser diretamente liberada no intestino delgado a partir do fígado, sem a necessidade de armazenamento. A maioria das pessoas conseguem viver normalmente sem a vesícula biliar, mas é importante manter uma dieta equilibrada, evitando alimentos muito gordurosos, que causam desconfortos digestivos.

Os riscos de complicações são elevados em casos de pacientes que não realizam a cirurgia, quando recomendada, pode ser necessária a realização de cirurgia de emergência, em um cenário distinto de uma cirurgia planejada, tornando-se um procedimento de risco, especialmente para os idosos.

Por isso, é essencial manter o acompanhamento médico regular e seguir as orientações de prevenção e tratamento, quando necessário.

O Hospital Dom Alvarenga possui uma equipe multidisciplinar e está preparado para cuidar da sua saúde com segurança e acolhimento.

Fonte: Dr. Cassio Barros, CRM 89250/RQE 19566 e 19567; cirurgião geral e do aparelho digestivo e Coordenador da equipe de Cirurgia Geral no Hospital Dom Alvarenga.

Publicado em: 21 de março de 2024

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