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Como lidar com problemas na musculatura do pescoço

A toxina botulínica é uma substância produzida por uma bactéria chamada Clostridium botulinum. Ela é utilizada em diversas áreas da medicina, incluindo a estética, onde é conhecida por sua capacidade de reduzir rugas e linhas de expressão. No entanto, ela também tem uma indicação importante no tratamento de condições médicas, como a distonia cervical.

A distonia cervical é uma condição neurológica que afeta os músculos do pescoço, causando contrações indesejadas e, por vezes, dolorosas. Isso pode levar a uma série de sintomas, incluindo dor crônica, rigidez, movimentos involuntários do pescoço, e até posturas fixas.

O tratamento tradicional para a distonia cervical envolve o uso de medicamentos que relaxam os músculos, sessões de fisioterapia e outras terapias. No entanto, para muitos pacientes, essas opções não são eficazes o suficiente para aliviar completamente os sintomas.

Nesses casos, a toxina botulínica pode ser uma opção de tratamento altamente eficaz. Quando injetada diretamente nos músculos afetados, ela interrompe a liberação de um neurotransmissor chamado acetilcolina, que é responsável por transmitir sinais nervosos para os músculos. Isso reduz a atividade muscular, aliviando os sintomas da distonia cervical.

O tratamento com toxina botulínica geralmente envolve várias injeções em pontos estratégicos do pescoço e de forma individualizada. Os efeitos podem levar alguns dias para se tornarem aparentes e normalmente duram vários meses, antes de uma nova rodada do tratamento ser necessária.

Embora a toxina botulínica seja um tratamento altamente eficaz para a distonia cervical, existem alguns riscos associados ao seu uso. Efeitos colaterais comuns incluem dor e inchaço no local da injeção, bem como fraqueza muscular temporária, dificultando a deglutição.

Se você está considerando o tratamento com toxina botulínica para a distonia cervical, é importante discutir os prós e contras com seu médico. Ele pode determinar se esse tratamento é adequado para você e orientar sobre o que esperar durante e após o procedimento.

Fonte: Dr. Guilherme Baldivia, CRM 197053/RQE 98601, neurologista do Hospital Dom Alvarenga.

Publicado em: 9 de agosto de 2023

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