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Dia mundial do diabetes: a doença em tempos de pandemia

A diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que leva ao aumento da glicemia, o açúcar do sangue, e que pode ocorrer pela falta de insulina ou resistência à ação da mesma. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, realizado em 2019, cerca de 10% da população brasileira convive com a doença. E este número não para de crescer, a quantidade de diabéticos só aumenta ao redor do mundo, podendo chegar a cerca de 620 milhões de pessoas em 2045.

Existem diversos tipos da doença, mas os mais comuns são:

  • Diabetes tipo 1: é a forma mais grave da doença e acomete cerca de 5 a 10% dos diabéticos. O tipo 1 aparece ainda na infância ou adolescência e os pacientes necessitam do uso de insulina desde a confirmação do diagnóstico, devido à ausência de insulina produzida no corpo.
  • Diabetes tipo 2: acomete a grande maioria dos diabéticos, cerca de 90%, e é mais comum nos adultos e em idosos. O tipo 2 está relacionado ao estilo de vida sedentário. Esta forma da diabetes acontece, pois, alguns órgãos no nosso corpo (como músculos, por exemplo) têm dificuldades/resistência a receberem a ação da insulina (que proporciona a entrada da glicose nas células do órgão).

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, entidades de saúde apontaram que indivíduos com doenças pré-existentes, como a diabetes, têm maior possibilidade de desenvolver casos graves da COVID-19. Mas isso não quer dizer que os diabéticos contraiam com maior facilidade o novo coronavírus.

Os diabéticos são considerados do grupo de risco por consequência das complicações mais facilmente causadas pela doença, devido ao excesso de alguns hormônios no corpo que atrapalham na resposta imune, bem como ao maior risco de descompensação de outras comorbidades associadas à diabetes (hipertensão arterial, colesterol alto, doenças nas artérias, doenças cardíacas, infecções por germes mais graves, dentre outras), que também são fatores de risco para o vírus.

Prevenção é a palavra chave nesse momento. A base do controle da diabetes é a perda de peso, ingestão de alimentos saudáveis, como frutas e legumes, e produtos com fibras e integrais. A prática de atividades físicas também é uma grande aliada, ajudando no controle da resistência insulínica (ou seja, melhorando aquela dificuldade de a insulina adentrar na célula). O tratamento medicamentoso da DM, mais do que nunca deve ser mantido e seguido à risca, para evitar descompensações durante o período da pandemia. Da mesma forma os exames de rotina e o acompanhamento regular com um especialista são imprescindíveis.

A forma grave da COVID-19 pode provocar problemas sérios de saúde, como insuficiência respiratória, sepse e insuficiência renal. Além disso, a probabilidade de internação por um longo período é maior.

A pandemia pegou a todos de surpresa e obrigou que hábitos e costumes fossem revistos. Para o diabético, esse momento pode significar uma atenção extra com a sua saúde. Siga todas as recomendações médicas de controle da diabetes e não se esqueça da higienização constante das mãos, com água e sabão ou álcool gel, e utilize máscara.

Fonte: Dr. Cesar Buchalla, Diretor Técnico do Hospital Dom Alvarenga. (@drcesarbuchalla)

Publicado em: 14 de dezembro de 2020

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