Mitos x verdades sobre o anticoncepcional
A pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais comum utilizado por mulheres. Seu uso está sempre cercado por polêmicas, dúvidas e medos. Há quem diga que tomar a pílula faz mal e causa doenças e há quem não acredite em nada disso. Para acabar de vez com as dúvidas o Dr. Carlos Ferreira, ginecologista do Hospital Dom Alvarenga, responde o que é mito e o que é verdade no uso da pílula anticoncepcional. Confira.
1. O uso da pílula causa aumento de peso.
MITO – As pílulas contraceptivas não causam aumento de peso pelo ganho de gordura. Elas podem ocasionar um acumulo maior de líquidos dando a sensação de que está mais inchada.
2. Posso desenvolver trombose fazendo o uso da pílula.
VERDADE – A paciente pode desenvolver trombose no uso continuo ou no uso intercalado da pílula anticoncepcional. Os hormônios presentes no contraceptivo afetam a coagulação e podem favorecer o surgimento da trombose.
3. O uso da pílula altera o humor.
VERDADE – Na presença de irritação e mau humor constante, pode ser reavaliada a dosagem e o tipo de hormônio presentes no anticoncepcional.
4. Anticoncepcional causa câncer.
MITO – O anticoncepcional não é um agente diretamente ligado ao desenvolvimento de câncer. Inclusive em algumas situações, o anticoncepcional age como protetor, como nos cânceres de ovário e endométrio.
5. É necessário fazer uma pausa após utilizar a pílula por muitos anos.
MITO – Não, desde que no decorrer dos anos a paciente não tenha apresentado nenhum problema associado ao anticoncepcional.
6. Antibiótico tira o efeito da pílula.
VERDADE – Alguns podem diminuir o efeito dos contraceptivos. Sempre que receber a prescrição de algum medicamento, informe ao médico sobre o uso de outros remédios, inclusive o anticoncepcional.
7. Não preciso fazer a pausa de sete dias e posso emendar uma cartela com a outra.
VERDADE – Não há indícios de prejuízo nesse tipo de uso. Alguns contraceptivos são de uso continuo.
8. Anticoncepcional prejudica a libido.
VERDADE – Pode ocorrer diminuição da libido em algumas mulheres. Essa ocorrência pode estar associada ao bloqueio ou diminuição da produção de hormônios associadas ao desejo sexual.
Fonte: Dr. Carlos Ferreira, Ginecologista do Hospital Dom Alvarenga.
Publicado em: 9 de novembro de 2020