Você conhece as arritmias cardíacas?
Um indivíduo em repouso tem a frequência de batimentos cardíacos, considerada normal, entre 50 a 100 por minuto. A arritmia cardíaca ocorre quando os batimentos do coração estão mais rápidos, lentos ou simplesmente fora de ritmo.
A arritmia cardíaca pode ser, em algumas situações, fisiológica, ou seja, a alteração nos batimentos cardíacos é sentida na prática de atividades físicas, durante o sono ou em momentos de estresse. Mas, a doença também pode ser patológica, acometendo cerca de 1,5% a 5% da população em geral.
Existem quatro principais tipos de arritmias, são elas: fibrilação atrial, taquicardia supraventricular, bradicardia e arritmias ventriculares. O Eletrofisiologista do Hospital Dom Alvarenga, Dr. Bruno Papelbaum, destaca a diferença entre elas. “A fibrilação atrial é uma das mais preocupantes, pois pode levar a formação de coágulos que podem ocasionar o Acidente Vascular Cerebral (AVC). As taquicardias supraventriculares são arritmias benignas, relacionadas a uma alteração congênita e que podem ser deflagradas por estresse e tensão. Já a bradicardia faz com que os batimentos do coração sejam mais lentos do que o normal. As arritmias ventriculares fazem com que os batimentos fiquem mais rápidos, desordenados e fora do compasso”.
Independentemente do tipo de arritmia, a manifestação mais comum da doença é a percepção de batimentos cardíacos anormais. Mas, o paciente também pode sentir tontura, fraqueza, dor no peito e desmaio. “O indivíduo precisa ficar atento aos sinais que o corpo dele apresenta e procurar ajuda rapidamente”, reforça Dr. Bruno.
Fatores de risco
Além da genética, alguns hábitos do dia a dia podem influenciar no aparecimento da doença, como tabagismo, álcool, obesidade e alimentação. “Hábitos saudáveis são a chave para espantar qualquer doença, inclusive as arritmias”, destaca Dr. Bruno.
Algumas doenças também podem levar ao surgimento das arritmias, como estresse, ansiedade, Doença de Chagas, hipo ou hipertiroidismo, entre outras.
Convivendo com a doença
Quando o indivíduo notar algum sintoma característico da arritmia cardíaca o ideal é procurar ajuda médica rapidamente. É necessário identificar a causa da doença, para que o tratamento seja efetivo.
Dr. Bruno destaca que é possível ter qualidade de vida em arritmia. “O indivíduo com arritmia cardíaca pode sim levar uma vida normal, mas para isso é necessário mudar alguns hábitos, seguir o tratamento indicado à risca, evitar exageros e avaliar o momento e se existe indicação de tratamento invasivo para a arritmia (estudo eletrofisiológico invasivo, ablação por cateter, implante de marcapasso, etc).”
As equipes do Hospital Dom Alvarenga estão preparadas para cuidar da saúde do seu coração, sempre que necessário.
Fonte: Dr. Bruno Papelbaum, Eletrofisiologista do Hospital Dom Alvarenga.
Publicado em: 2 de junho de 2021